Texto de : José Maria Souza Costa.
Lá embaixo, sob a sombra da goiabeira, no quintal da minha casa, punha-me, a contemplar, como os japis, construiam as suas moradas, sobre o alto da palmeira.
Olhando daqui pra lá, é como, se fosse um puçá, em deslumbrante arquitetura, onde pasmem ! Sem desenho, e à natura, à voos rasantes em ribanceira.
Os perfumes dos laranjais, as cores dos manguezais, aromas de tangerinas, que navegam entre narinas, em desejos de bicar, e o piado nas ribeiras, desse preto e amarelo, que reluzente antes do sol, o amarelar, como se fosse, "anáguas" de meninas, com o vento a bolinar.
E a visão, entrecortada, pelas sombras da " meágua " coberta de palha, é que fazia encostarmos na cerca do quintal, ou debruçar no aramado, que segurava a "pindoveira", bem ali, pertinho, por detrás da amendoeira.
Lá, não tinha escorregador, nem balancim, nem cata-vento, tudo era improvisado. Até o jogo de botão, esparramado no assoalho, escondia-se do baralho. E hoje, arqueado à meus momentos, eu fico a imaginar, como decantar os movimentos de criança, que não cansa em perguntar.