de: José Maria Souza Costa
Uma tragada à madrugada,
Mais um outro cigarro,
Uma cigarrilha qualquer.
Uma descontração,
Um pigarro, ou um outro sarro.
Afinal, para quê mesmo, serve um cigarro ?
Para alimentar a vaidade?
Para enfeitar a tosse ?
Para galantear, os pulmões e enfeitar a tara.
Afinal, para quê mesmo, serve um cigarro ?
Conta-me.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Flautas in Deletação
terça-feira, 22 de maio de 2012
Arroz, feijão, Ovo ...
de: José maria Souza Costa
E eis que derepentemente, surge um cidadão de nome Guido Mantega, fantasiado de Ministro de Estado da Economia, bocejando, que os impostos sobre a " negociata" de carros, estarão menores. Que os mesmos impostos, sobre o material de construção ( cimento, areia, tijolo, etc.) também, deixarão de existir. Que o IOF ( imposto sobre operação financeira) será reduzida.
Sim, cara pálida, tudo bem, excelente, tudo muitíssimo bem.
- E os impostos sobre o: arroz, feijão, ovo, carne etc...etc ? berra irritado o idiota do trabalhador
Trabalhador, é mesmo um idiota, vai querer redução de impostos, sobre gêneros alimentícios? Não adianta berrar á porta do Ministro, que o mesmo não entende o clamor, nem das ruas, e nem dos estômagos dos famintos. Espalha-se, a gentália da Cracolandia, para enfeitar os olhos das lentes televisivas, e desviar a desgraça, que embrulha-se, ao estomago de cada um cidadão do bem.
Cada um, espalha a brasa, para assar a sua sardinha. Em sampa um kilo de feijão custa a bagatela de R$ 12.00 ( doze reias), estou escrevendo feijão, e não aquela coisa de quinta categoria, que em alguns supermercados, estam exposto nas gondolas por R$ 6,70 ( seis reais e setenta centavos) Escrevo assim, por que eu vou a supeermercados e faço as minhas compras.
Nada contra impostos para carros. Mas, esses cara pálidas, vivem vomitando, que cidades, como São Paulo, necessitam é de Transportes Públicos, por que então, as querem com automóveis ? Apesar de que, eu nunca encontrei um "cueca suja politico", nem no metrô, e em onibus nem pensar.
Eles estam sempre em seus helicópteros, fugindo dos engarrafamentos e da população que lhes assegura tais mordomias.
Enquanto isso, a roda da paciência humana irrita-se e desvirgina-se.
Aplausos, Brasil.
terça-feira, 15 de maio de 2012
A Visitação
Hoje eu não quero nada, não digo nada e nada espero. Não remoerei passados nem me aventurarei no presente, tampouco especularei sobre o futuro. Hoje, serei simples e naturalmente aquilo que sou na essência, sem excessos selvagens, mas curtindo meus impulsos mais animais; sem moldes de conceitos e ideais impostos pelo convívio sócio-hipócrita, nem por isso me rebelando; sem ego demais, mas sem espreitar valores que me obriguem a ser mais os outros que a mim mesmo.
Tão puramente aproveitarei meu dia o que foi feito de mim até então. Sentirei o sol sobre minha pele, a lua sob minha imaginação e assistirei - sem muita atenção - o filme repetitivo que é o dia-a-dia do Homem sobre a terra, sem nem me importar se o mundo gira ou se Deus se esconde. Quero apenas e tão somente CONTEMPLAR O SENSÍVEL, IMAGINAR O INVISÍVEL E SONHAR O IMPOSSÍVEL.
Nossa! Como é maravilhoso o sabor dessa liberdade que sou eu, nessa aventura existencialista de poder me me curtir mais do que a ninguém, se possível de canudinho e com gelo, nessa manhã que promete, nessa tarde que aquece e na noite que embriaga de mistérios.
Quero sentir-me por inteiro e sem intervalo até eclodir um auto-gozo que me aumente os órgãos e arrepie a alma; que me faça viajar no mais íntimo de meus mistérios, transcorrer pelos poros e derramar-me nas terminações de cada pelo.
E quando voltar dessa viagem esplêndida, quem sabe eu volte mais eu mesmo, terei me tornado muito mais o que sou. Talvez, eu até venha melhor com outros, mas com certeza retornarei mais e melhor comigo mesmo e esse universo em meu corpo, esse dinamismo de minha alma, essa latência de ser.
Mas, por hora, quero unica e simplesmente continuar essa visita a mim mesmo, há tanto tempo devida e objeto de incontáveis promessas. Eis-me, pois, a mim mesmo, necessário e proveitosamente por alguns instantes sagrados, nesse mundo também profano que sou.
Cleilson Fernandes
terça-feira, 8 de maio de 2012
Mãe, a Pedra Angular.
de: José Maria Souza Costa
Mãe, é ser a pedra angular e reta do discernimento.
É nominar a lógica, com a métrica fértil do saber.
É ser um espelho, nas páginas de um elo capaz.
Mãe, é enumerar o cotidiano, de cada um momento.
É entretecer num abraço com dores, ou sem prazer.
É deixar levar-se pelo amor perene que conduz a paz.
Ser Mãe, é aceitar as curvas paralelas das dores.
É agasalhar o feto morto, e dizer, que amou demais.
É erguer-se da cama, e agonizar-se pelo que faltou.
Mãe, é para enfeitar as vozes, como fossem tenores
Que deliram em sons, como os imitáveis pardais
Que não desafinam as partituras, que o tempo afetou.
Mamãe, que saudade, dos tempos que não voltam mais,
Que falta faz-me, no instante profundo, delirante da agonia
Que empalidece a minha alma fragil e condoida profundamente.
Como é duro flertar no tempo, sem as ondas do velho cais,
Aonde afoga-se a visão num horizonte descolorido de ventania.
Mas, não esqueça, aonde estiver, te amarei mui eternamente.
sábado, 5 de maio de 2012
VOU TE SEGUIR
de: José Maria Souza Costa
As pessoas passam mui rapidamente,
A passos largos,
Apressados.
Uns seguem pra lá,
Outros, seguem pra cá
Caminhando, caminhando,
Rastejando-se nos pés, e com os pés.
Pra onde, essa gente decente, vão e vão ?
As pessoas passam mui apressadamente
Olhando, curiando, mostrando-se ao tempo
E girando como um catavento, no tempo e com o tempo,
Mergulha-se na pressa, e continua a caminhar em seu cai e cai, e
A girar, por que precisa sempre caminhar e caminhando, indaga:
- Pra onde, essa gente vai ?